Na última quarta-feira (26), um satélite russo desativado se desintegrou no espaço, lançando detritos na órbita baixa da Terra. Isso levou os astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) a procurarem abrigo e tomarem medidas de proteção contra possíveis colisões com o lixo espacial gerado.

O satélite, chamado Resurs P1, foi lançado pela Rússia em 2013 para monitorar o planeta, tirando fotos para auxiliar em diversas áreas, como agricultura e transportes. Ele estava a cerca de 350 km de altitude e se fragmentou em mais de 100 pedaços diferentes, de acordo com o Comando Espacial dos Estados Unidos. Após ser aposentado em 2022, o satélite vinha perdendo altitude gradualmente.

A organização LeoLabs, responsável por monitorar a segurança dos satélites em órbita, detectou a fragmentação do Resurs P1, porém não conseguiu identificar a causa do evento. A Força Espacial dos Estados Unidos não encontrou nenhum destroço orbital em rota de colisão com o objeto, mas especula-se que uma bateria antiga possa ter explodido dentro do satélite ou que outro detrito possa ter colidido com ele. A agência espacial russa, RosCosmos, não se pronunciou sobre o ocorrido.

De acordo com a NASA, existem mais de 25.000 detritos com mais de 5 cm em órbita da Terra atualmente, chegando a mais de 100 milhões no caso de fragmentos menores. Esses detritos representam uma ameaça crescente para futuras missões espaciais, levando alguns projetos a considerar a limpeza orbital, especialmente dos detritos maiores. Além disso, há a possibilidade de que o próprio satélite tenha sido destruído pelos russos, algo que já foi feito pelo país em 2021 com mísseis, assim como por China, Índia e Estados Unidos.