O mercado de clínicas de vacinação está previsto para crescer em 2024, impulsionado pela introdução de novos produtos, como a vacina Qdenga, que combate a dengue. Embora o imunizante tenha sido disponibilizado na rede privada em julho de 2023, atualmente está esgotado. Mais de 20 mil doses já foram administradas até fevereiro.

Segundo Marcos Tendler, membro do conselho da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina), a chegada de novas vacinas ao mercado privado, seja como novidade ou atualização, abre grandes oportunidades para que a população busque os serviços de imunização complementar.

Atualmente, existem cerca de 4.000 clínicas de vacinação privadas registradas no Brasil, de acordo com dados da ABCVAC. Considerando também os laboratórios de análises e farmácias cadastrados para serviços de imunização humana, o número sobe para 5.000 estabelecimentos.

A Amo Vacinas, fundada por Thaís e Juliana Farias em 2016, experimentou um aumento de quase 54% na abertura de novas franquias devido à demanda pela vacina Qdenga. A marca possui atualmente 39 unidades em operação e outras 21 em processo de abertura.

A primeira clínica foi inaugurada em Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza (CE), pelas irmãs Farias. Juliana, enfermeira, era responsável pela aplicação das doses e pela gestão administrativa, enquanto Thaís cuidava do marketing. Em quatro anos, abriram mais seis unidades no Ceará e na Bahia.

Em 2021, a empresa fundiu-se com o Grupo Salus, que possui participação em marcas de odontologia, beleza e oftalmologia, expandindo para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Atualmente, mais de 50% das unidades estão localizadas em São Paulo.

Um franqueado da Amo Vacinas pode obter uma receita mensal de até R$ 250 mil, com um investimento inicial a partir de R$ 290 mil. Não é necessário ter experiência prévia no setor para empreender nesse ramo.