Quando uma sonda ultrapassa os limites do Sistema Solar, ela adentra uma região conhecida como interestelar, que é o espaço entre as estrelas de uma galáxia. Além disso, existe o espaço intergaláctico, uma vasta região praticamente vazia entre as galáxias, com pouca poeira, gás e detritos cósmicos.

Os astrônomos denominaram esse espaço como intergaláctico, e algumas dessas áreas podem conter mais matéria do que algumas galáxias, devido à sua extensão ao longo de milhões de anos-luz. Apesar da pequena quantidade de matéria, a quantidade total é significativa devido à vastidão dessas regiões.

O estudo do vazio intergaláctico é crucial para a astronomia, pois pode revelar planetas e outros corpos celestes nessas regiões. No entanto, a pesquisa nesse ambiente é desafiadora devido às enormes distâncias, à baixa densidade de matéria, à falta de instrumentação e a outros fatores complicadores.

O astrônomo Michael Shull, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA), explicou que o espaço intergaláctico contém entre 50 e 80% de toda a matéria comum existente, sendo essencial para a formação de estrelas nas galáxias. Estudar essa região é fundamental para entender a evolução do universo e a formação de corpos celestes.