A importação de criptoativos, que incluem criptomoedas como o bitcoin, teve um aumento significativo no Brasil nos primeiros dois meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Banco Central, o valor importado mais do que dobrou, passando de US$ 1,396 bilhão para US$ 2,938 bilhões, representando um crescimento de 110,31%.

Essa importação de criptoativos reflete o fluxo desses ativos digitais entre não residentes (vendedores) e residentes (compradores) no Brasil, sendo acompanhada pela autoridade monetária por meio de contratos de câmbio. Vale ressaltar que essa classificação do balanço de pagamentos não inclui stablecoins e moedas digitais emitidas por bancos centrais.

No ano de 2023, os brasileiros importaram um recorde de US$ 12,3 bilhões em ativos virtuais, superando os US$ 7,5 bilhões do ano anterior. Isso representou um aumento anual de 64,2%. Por outro lado, as exportações de criptoativos são baixas, totalizando US$ 146 milhões nos dois primeiros meses deste ano.

A falta de exportações se deve, em parte, ao alto custo de eletricidade no Brasil, o que dificulta a mineração de criptomoedas. Dados do FMI mostram que a maioria da mineração de bitcoin no mundo é realizada em apenas quatro países: China, Geórgia, Suécia e EUA.