Um estudo recente publicado na revista Science apontou que as serpentes evoluíram em uma taxa mais rápida do que os lagartos, conquistando diferentes nichos evolutivos. As serpentes são répteis altamente especializados, adaptados para se alimentar de um tipo específico de presa e viver em equilíbrio nos ambientes em que habitam. Por outro lado, os lagartos são mais generalistas, conseguindo se adaptar a diversos habitats e se alimentando de uma variedade de alimentos.

O grupo Squamata, que engloba serpentes, lagartos e anfisbenas, apresenta como principal diferença a ausência de patas nas serpentes, embora existam algumas espécies de lagartos sem membros. Entre as mudanças evolutivas que contribuíram para o sucesso das serpentes estão a redução dos ossos do crânio e a maior mobilidade das mandíbulas, permitindo engolir presas maiores.

O estudo foi assinado por cientistas estrangeiros e brasileiros, incluindo pesquisadores de instituições como a Universidade de Auburn, Universidade de Michigan e Universidade Federal da Paraíba, sob a coordenação do Museu de Zoologia da Universidade de Michigan. As descobertas trazem novos insights sobre a evolução das serpentes e lagartos, destacando as estratégias adaptativas que cada grupo desenvolveu ao longo do tempo.