Cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária utilizaram um novo método de análise dos dentes para identificar a propagação da malária ao longo da história. Normalmente, é difícil detectar infecções antigas da doença, mas os estudos com DNA mostraram que os dentes podem preservar traços da malária no sangue dos indivíduos falecidos.

Uma equipe de cientistas de 80 instituições e 21 países reconstruiu o genoma do patógeno Plasmodium, responsável pela malária, ao longo de 5.500 anos e identificou 36 casos de infecção no passado. Uma das questões debatidas era a adaptação da malária nas Américas, e ao analisar o DNA de um indivíduo infectado nos Andes peruanos, descobriu-se que a cepa de P. vivax era semelhante à europeia, indicando que a doença foi trazida pelos colonizadores.

O estudo também revelou o papel das atividades militares na disseminação da malária na Europa, ao analisar os restos mortais da população de Mechelen, na Bélgica. As análises genéticas mostraram que a doença continua a afetar a região até os dias atuais.