Segundo dados do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões da Universidade da Flórida, o número de ataques de tubarões aumentou consideravelmente este ano. O Brasil está em quarto lugar em ataques, mas felizmente sem registros de fatalidades.

Os incidentes estão relacionados, principalmente, ao aumento do contato humano com esses predadores, que estão enfrentando uma crise de extinção. No ano passado, foram registrados 69 ataques não provocados, um aumento em relação ao ano anterior. Destes ataques, dez resultaram em mortes, um crescimento preocupante em comparação com anos anteriores.

Os especialistas diferenciam mordidas provocadas de não provocadas, sendo as últimas aquelas em que o tubarão morde uma pessoa sem qualquer provocação prévia. A distribuição das mortes por país mostra que a Austrália lidera o ranking de óbitos, destacando a necessidade de medidas preventivas mais rigorosas nas regiões costeiras australianas.

Gavin Naylor, diretor do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões, ressalta que o aumento no número de ataques não significa necessariamente que os animais estão mais numerosos ou ferozes. Fatores como a recuperação das populações de focas e mudanças na temperatura da água podem influenciar a frequência dos encontros entre humanos e tubarões.

Além disso, a atividade das vítimas no momento do encontro com tubarões é um aspecto relevante. Muitos ataques ocorrem durante atividades aquáticas como surfe, natação e mergulho, o que destaca a importância de conscientização e precauções por parte dos banhistas.