Koka - Associação Nacional de Juristas Islâmicos entra com ação contra Xande de Pilares e Ferrugem
Associação Nacional de Juristas Islâmicos entra com ação contra Xande de Pilares e Ferrugem
20/02/20243 min
Acessibilidade
Compartilhar

Associação Nacional de Juristas Islâmicos entra com ação contra Xande de Pilares e Ferrugem

A Associação Nacional de Juristas Islâmicos - ANAJI entrou com uma ação judicial e o Ministério Público do Estado de São Paulo aceitou o pedido para que Xande de Pilares e Ferrugem façam uma modificação na letra da música "Me Abraça". Segundo a comunidade islâmica, o trecho da canção possui uma conotação preconceituosa e estigmatizante em relação aos seguidores do Islam, que teriam sido retratados como terroristas.

De acordo com o colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia, o processo solicita a adequação da música 'Me Abraça'. Além de Xande e Ferrugem, outros artistas como Claudemir Júnior, Peu Cavalcante e Rodrigo Leite também foram notificados.

A ANAJI alega que o trecho da música "viola os direitos da comunidade muçulmana no Brasil, ao associar a religião islâmica ao terrorismo e transmitir a ideia de que todos os seguidores do Islam são terroristas e assassinos".

O Juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª vara cível da comarca de São Paulo, determinou que os cantores e compositores devem fazer a edição da obra em até 30 dias, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil. Além disso, a associação solicita uma indenização de R$ 30 mil por danos morais coletivos.

Em uma conversa com o advogado Roberto Nassif, ele afirmou ao jornalista que, em sua opinião, a decisão do Juiz não configura censura. Nassif também destacou o trecho mencionado no processo, que sugere que a religião promove o terrorismo.

"Embora o texto contenha uma figura de linguagem, no contexto em que está inserido, apresenta um viés de preconceito e parece entrar em conflito direto com a Constituição Federal. Portanto, apesar de a Constituição Federal garantir a liberdade de expressão, esta não pode ser usada para prejudicar os direitos de terceiros e muito menos para respaldar discursos preconceituosos", disse Nassif.

Faça login para comentar
Faça um comentário:

Comentários:

0 Comentários postados

Entre em contato para assuntos comercias, clique aqui.

Veja também: