A partir de 1950, quando o clássico "Eu, Robot" de Asimov foi publicado, a tecnologia começou a trilhar o caminho da Inteligência Artificial (IA) e suas aplicações. Embora outras pessoas, como Alan Turing, também estivessem pensando nisso, a ideia de robôs com inteligência igual ou superior à humana despertou um misto de desejo e preocupação.

E você, leitor, é uma parte fundamental dessa implementação. Afinal, será que o Google realmente só quer saber se você sabe o que é um semáforo, um trem ou uma bicicleta? Ou será que eles estão interessados em saber se você consegue diferenciar um "2" de um "Z" em um conjunto de 6 caracteres? Ao responder essas perguntas, você está contribuindo para a validação dos algoritmos de IA.

Mas por que só agora estamos vendo tanto burburinho em torno da IA? A resposta está no aumento da capacidade computacional, que permitiu reduzir o custo de processamento de todas as perguntas aparentemente bobas que fizemos ao Chat GPT quando ele foi lançado. Além disso, agora podemos utilizar gratuitamente servidores como o do Mid Journey para criar imagens realistas do Garrincha e do Obama participando do nosso jantar de Natal.

Mas e a aplicabilidade da IA no e-commerce? Até agora não falamos sobre isso... A questão é: até que ponto estamos dispostos a abrir mão de nossa privacidade em troca de conveniência? Essa é a questão filosófica que teremos que responder para saber até onde a IA vai entrar em nossas vidas e em nossas compras.

(*) Andrea Miranda é Cientista de Computação, com mais de 30 anos de experiência em TI aplicada ao marketing digital e publicidade. Ela é cofundadora e CEO da Standout, uma martech de trade marketing digital.